
Não é raro encontrar pessoas convictas de que Kant demostrou a impossibilidade de qualquer filosofia realista.
Devemos, por um lado, reconhecer: a solução kantiana para a disputa entre racionalistas e empiristas é genial.
Por outro lado, Santo Tomás parte de premissas radicalmente opostas às do filósofo alemão. Ademais, a filosofia do Aquinate nos é apresentada, muitas vezes, de maneira simplista e fundada em um teoria do conhecimento meramente passiva.
O debate ente Kant e Santo Tomás levanta seríssimas questões filosóficas: Temos ou acesso à realidade? O processo do conhecimento é uma ato do intelecto de natureza passiva ou ativa? A realidade se imprime como um sinete na cera ou é nossa mente que estrutura nossa compreensão do real?
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