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  • Ivo Fernando da Costa

SABEDORIA POPULAR: Lentas são as horas para os que sofrem e rápidas para os que estão felizes

SABEDORIA POPULAR: Lentas são as horas para os que sofrem e rápidas para os que estão felizes (afflictis lentae, celeres gaudentibus horae)


sta frase estava inscrita num relógio de sol de um seminário em Chieri, Itália. Em sua autobiografia, Dom Bosco, fundador da congregação salesiana, conta que quando o viu em 1835, disse ao amigo com quem estava: "Eis o nosso programa: estejamos sempre alegres e o tempo passará rapidamente!


*** Comumente se diz que a filosofia é o “amor pela sabedoria” (φιλο+σοφία). Há outra definição que considero mais precisa que comentarei outro dia, mas essa é mais popular, digamos assim. Contudo, nos perguntamos exatamente o que é a sabedoria... Imaginamos por sábio alguém que possui um conhecimento extensivo de muitas coisas, muitas vezes uma pessoa idosa que pela passagem dos anos foi acumulando informações e experiências. A frase citada nos ajuda a entender que a sabedoria não é bem isso. Quando afirmamos que esta e outras expressões do tipo contém algo de sabedoria, estamos dizendo que elas expressam algo comum a todas as pessoas, que descreve de certa maneira aquilo que somos, nossa essência e que não depende de circunstâncias de tempos e lugares. Um romano lendo essa frase teria a mesma impressão que nós. Igualmente podemos dizer que essa ideia também se aplicará a uma pessoa daqui a 100 anos. Por isso se diz que o sábio conhece todas as coisas. Mas este conhecimento não é extensivo e sim intensivo. É um olhar desde a essência das coisas e que vale para todos, aquilo que não muda com o passar do tempo e das circunstâncias. É esta sabedoria que encontramos também na autêntica arte. Um clássico da literatura, uma pintura, uma escultura, se diz precisamente um “clássico” por que aborda temas que de certa maneira tocam a nossa essência descrevendo como somos e o que nosso espírito em seu íntimo almeja ser: O heroísmo e sacrifício de um Frodo no Senhor dos Anéis, a generosidade de um Jean Valjean em Os Miseráveis, a amizade de Atreyu na História Infinita, a redenção de Raskólnikov pelo amor de Sonya em Crime e Castigo... Daí a sabedoria daquelas palavras do Oráculo de Delfos a Sócrates: “γνῶθι σεαυτόν!” (Conhece-te a ti mesmo!)




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