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  • Ivo Fernando da Costa

A ciência e nossas questões fundamentais


A ciência tem por objeto o estudo das realidades materiais enquanto delas pode fazer descrições e previsões de caráter quantitativo que, para serem aceitas, devem ser testadas experimentalmente.


Por isso, o método científico se caracteriza pela objetividade de seus conhecimentos e pela reiterabilidade de seus resultados.


Assim, nenhuma afirmação pode ser considerada científica se, ao menos em princípio, não for passível de um apropriado controle experimental.


Uma teoria pode ser matemática e logicamente convincente, mas se não puder ser experimentalmente controlada, ela não será nada mais que uma conjetura meramente especulativa.


Não cabe à ciência falar de paramentos infinitos já que o infinito é imensurável, impossibilitando qualquer verificação possível.


O mesmo deve se dizer sobre a ideia de multiverso (em sentido real, não no sentido de regiões de universo causalmente desconexas).


Teorizar sobre outros universos é falar daquilo que não pode ser experimentado. Se não pode ser experimentado, está fora do domínio da ciência.


Que algo esteja fora da esfera científica não significa que isso não seja real. Em um pôr do sol, o cientista pode quantificar os comprimentos de ondas que produzem as cores do entardecer. Não se pode fazer o mesmo com a experiência estética que temos ao contemplar um ocaso.


Conceitos como Deus, essência, ser, causa, finalidade, quantidade, qualidade, espaço, tempo, ação... são noções típicas da filosofia.


Em suma, as perguntas fundamentais do ser humano não encontram respostas em uma equação, pois não são de natureza física e sim metafísica.

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