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  • Ivo Fernando da Costa

Argumentos para a Existência de Deus

Argumentos para a existência de Deus

Uma classificação geral


Certa vez, o bispo norte-americano Fulton Sheen afirmou: “Não há nem sequer 100 pessoas nos Estados Unidos que odeiam a Igreja Católica. Mas há milhões que odeiam o que erroneamente acham que a Igreja Católica é".





Mutatis mutandis”, essa mesma ideia também se aplica à questão da existência de Deus: muitas vezes o que se nega é uma concepção errada que se tem sobre Ele.

Lembro-me da expressão de admiração em um companheiro de trabalho que se dizia ateu quando lhe disse que, na história do pensamento filosófico, a grande maioria dos autores não eram ateus e que havia não somente um, mas vários argumentos sobre a existência de Deus.


Neste momento, não vou explicar nenhum deles em particular; meu objetivo é mais modesto: quero fazer apenas uma classificação geral dos argumentos para a existência de Deus.


O lugar mais conhecido quando falamos sobre esse tema se encontra na questão II da Suma Teológica de Santo Tomás. Na maioria das vezes, o foco recai somente no último artigo da questão onde se expõe as famosas 5 Vias.


No entanto, se analisamos a questão como um todo, veremos que Santo Tomás aborda um total de 6 Vias. Sim, a sexta é o argumento ontológico de Santo Anselmo analisado e rejeitado no primeiro artigo.


Essas 6 Vias — e outras que não são examinadas pelo Aquinate — podem ser reunidas em 3 grupos gerais de argumentos: [1] cosmológicos, [2] teleológicos e, por último, um grupo que denomino [3] antropológicos.


Cosmológicos


São aqueles que partem da observação do mundo. Aqui se enquadram as 4 primeiras vias de Santo Tomás que argumenta a existência de Deus a partir o movimento, da causalidade, da contingência e dos graus do ser e chega a conclusão da existência de um Ser que seja o iniciador de todo movimento, a causa primeira de todas as coisas, necessário e perfeito.


Teleológicos

São argumentos derivados da noção de fim: Aqui entra a 5ª Via que estuda a noção de fim desde a perspectiva aristotélica e o de William Paley de caráter mais neoplatônico. Este último, hoje em dia, vem se tornando bastante popular pelo fato de ser em essência o raciocínio usado pelos proponentes da teoria do Design Inteligente.


Antropológico

São aqueles ligados à alguma dimensão ou aspecto de nossa condição humana: Temos o argumento ontológico de Santo Anselmo que, apesar do título, apresenta um traço mais gnosiológico ou cognitiva; o argumento a partir de nossa experiência ética ou moral que pode ser remetido também à Santo Tomás como fundamento da Lei Moral; o argumento psicológico ou eudemonológico de Santo Agostinho, a partir de nosso desejo de felicidade e o argumento histórico de Cícero que parte do fenômeno religioso como algo universal.


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